30 junho 2006

Momentos de Instabilidade

Alguma coisa se perdeu, pois já não conseguimos ter a mesma cumplicidade. Talvez estejamos cansados um do outro. Foi tanta troca, tão intenso que pode ter desgastado. Às vezes tenho impressão que nos falta até paciência. Qualquer coisa que se fala pode gerar desentendimento ou mesmo um olhar de descaso, desprezo. Também tá faltando o beijo, o carinho, a preocupação. Isso nós tínhamos... acho até que bem mais do que muitos casais, que de fato são casais. Não que tudo tenha acabado, mas de fato está diferente. Isso tá! No fundo o amor ainda existe, mas a amizade tá sendo colocada a prova. Acho que “fatores externos” influenciam nessa nossa fase de instabilidade. Então precisamos ter paciência, calma e manter o respeito. Tenho certeza que o resto volta com o tempo... afinal de contas eu amo... e sei que ela, mais!

29 junho 2006

Um Quase Anunciado

Encanto que se fez sentir com vontade própria
Inexplicável, senhor da situação
Encontro provocado, articulado
Um ideal quase nítido
Uma imagem criada, cultivada em silêncio
Desencontro, expectativa
Hiato e reencontro
Uma lembrança ainda vívida
Um sorriso contido, esperado
Que tomou seu espaço com tamanha facilidade
Talvez inconsciente de seu poder
Portas abertas
Sincronia de aparência tão certa
Descoberta que deságua em cotidiano
Momento que se arvora em presença
Sentimento vivo, sem rédeas
Fez-se em casa com a propriedade de quem não pede licença
Com o amparo de uma permissão calada, consentida
Com o aval cego de quem ignora o peso traiçoeiro da efemeridade
E assim criou-se sem força, com o andar cambaleante, com pernas frágeis
Receosas por um fim anunciado que se aproxima
Inevitável e tão ciente de seu lugar
Verdade não dita, sufocada, camuflada
Máscara caída e revelada como se já conhecida
Ausência precipitada
Quase prevista, quase sentida
Quase presente todos os dias.

por Lorena

23 junho 2006

Pois É

Fica o dito e redito por não dito
É difícil dizer que ainda é bonito
Cantar o que me restou de ti

Taí
Nosso mais-que-perfeito está desfeito
E o que me parecia tão direito
Caiu desse jeito sem perdão

Então
Disfarçar minha dor já não consigo
Dizer que nós somos bons amigos
É muita mentira pra mim

E enfim
Hoje na solidão ainda custo
A entender como o amor foi tão injusto
Pra quem só lhe foi dedicação

Pois é, e então

por Tom e Chico

19 junho 2006

Delegado gay?

Manhã de segunda-feira... entre um café e outro um amigo me conta uma notícia que ouviu no rádio. Josley Cardinot, apresentador de um desses programas policiais, revela que um agente da polícia federal ao fazer um teste psicotécnico na disputa por uma vaga para o cargo de delegado recebeu o seguinte diagnóstico: percentual baixo de heterossexualidade. Como é?!?!? Sem perder a piada, e como diria Macaco Simão, tucanaram o gay!!! Bom... eu não sabia que este teste conseguisse fazer tal diagnóstico. Pior... depois disso o candidato foi reprovado. Impressionante! Seria cômico se não fosse trágico...

12 junho 2006

Nada como a simplicidade

Quando tinha 14 anos, esperava ter uma namorada algum dia. Quando tinha 16 anos tive uma namorada, mas não tinha paixão. Então percebi que precisava de uma mulher apaixonada, com vontade de viver. Na faculdade sai com uma mulher apaixonada, mas era emocional demais. Tudo era terrível, era a rainha dos problemas, chorava o tempo todo e ameaçava se suicidar. Então percebi que precisava de uma mulher estável. Quando tinha 25 encontrei uma mulher bem estável, mas chata. Era totalmente previsível e nunca nada a excitava. A vida tornou-se tão monótona que decidi que precisava de uma mulher mais excitante. Aos 28 encontrei uma mulher excitante, mas não consegui acompanhá-la de um lado para o outro sem se deter em lugar nenhum. Fazia coisas impetuosas e paquerava com qualquer um que me fez sentir tão miserável como feliz. O começo foi divertido e eletrizante, mas sem futuro. Então decidi buscar uma mulher com alguma ambição. Quando cheguei nos 31, encontrei uma mulher inteligente, ambiciosa e com os pés no chão. Decidi me casar com ela. Era tão ambiciosa que pediu o divórcio e ficou com tudo que eu tinha. Hoje, com 40 anos, gosto de mulheres com bunda grande... E só. Nada como a simplicidade.

por Luís Fernando Veríssimo

07 junho 2006

Rio de Janeiro, RJ

Viagem, 4 dias
Farras, muitas
Descanso, um pouco
Shows, pernambucanos no palco
Pernambucanos, de tonelada
Cariocas, empolgados
Amigos, muitos novos
Profissionalmente, novos contatos
Praia, Ipanema
Sol, apareceu
Frio, às vezes
Cerveja, todo dia
Cinema, uma vez
Shopping, pra comprar livros
Cristo, só de longe
Pão de Açúcar, também
Barra da Tijuca, mais ainda
Jardim Botânico, a morada
Botafogo, todo dia
Ônibus, o tempo todo
Táxi, nas madrugas e na preguiça
Asa Delta, não tinha vento
Santa Tereza, o Mineiro
O Mineiro, feijoada
Boate, inferninho
Botequim, boemia
Rio de Janeiro, foi assim.