12 junho 2006

Nada como a simplicidade

Quando tinha 14 anos, esperava ter uma namorada algum dia. Quando tinha 16 anos tive uma namorada, mas não tinha paixão. Então percebi que precisava de uma mulher apaixonada, com vontade de viver. Na faculdade sai com uma mulher apaixonada, mas era emocional demais. Tudo era terrível, era a rainha dos problemas, chorava o tempo todo e ameaçava se suicidar. Então percebi que precisava de uma mulher estável. Quando tinha 25 encontrei uma mulher bem estável, mas chata. Era totalmente previsível e nunca nada a excitava. A vida tornou-se tão monótona que decidi que precisava de uma mulher mais excitante. Aos 28 encontrei uma mulher excitante, mas não consegui acompanhá-la de um lado para o outro sem se deter em lugar nenhum. Fazia coisas impetuosas e paquerava com qualquer um que me fez sentir tão miserável como feliz. O começo foi divertido e eletrizante, mas sem futuro. Então decidi buscar uma mulher com alguma ambição. Quando cheguei nos 31, encontrei uma mulher inteligente, ambiciosa e com os pés no chão. Decidi me casar com ela. Era tão ambiciosa que pediu o divórcio e ficou com tudo que eu tinha. Hoje, com 40 anos, gosto de mulheres com bunda grande... E só. Nada como a simplicidade.

por Luís Fernando Veríssimo

4 comentários:

betita disse...

hahahaha. Só boas risadas. Deixar que o riso frouxo leve nossos desgostos.

Anônimo disse...

kkkkkkk.. Tá faltando essa tal de simplicidade em nossas vidas.. Bebamos hoje à noite à descomplicação!

Anônimo disse...

vamos sim Nega... vamos beber e dar boas risadas... e como disse Betita... "q o riso leve nossos desgostos".
Chêro!

Natalia Gregolin disse...

hahaha..o Verissimo é realmente ótimooo..rs
minha primeira vez por aki e confesso que simplesmente adorei!
te deixo aki um beijo e a promessa de voltar!
há braços